Para visitar o Chile não é necessário visto nem passaporte, apenas uma Carteira de Identidade (RG), em bom estado.
As passagens da GOL não incluem franquia da bagagem despachada, apenas uma bagagem de mão de até 10kg. Clientes Smiles Prata, Ouro e Diamante podem despachar gratuitamente 1, 2 e 3 volumes por voo. Os demais clientes podem adquirir a bagagem por R$ 50 o primeiro volume.
Quando visitar Santiago: Santiago funciona bem para visitar durante todo o ano. No inverno, a vantagem é que as estações de esqui estarão abertas e você poderá aproveitar os Andes nevados. Já no verão, a cidade está mais quente e uma das possibilidades é aproveitar a viagem para conhecer Valparaíso e Viña Del Mar, que ficam no litoral. Também no verão, período de férias escolares, a capital tende a ficar mais vazia.
Com as quatro estações bem definidas, Santiago é quente no verão e fria no inverno. As temperaturas variam entre 0°C e 13°C no inverno e entre 16°C e 35°C no verão. No inverno, capriche nos agasalhos, use luvas e gorros, porque no início da manhã e ao cair da noite a cidade é fria mesmo! O período de chuvas ocorre sistematicamente no inverno (entre maio e setembro), mas durante todo o ano o clima é seco. Tomar bastante água e usar protetor solar é importante para evitar os efeitos da secura na cidade.
Para quem quer aproveitar a temporada de inverno e conhecer uma estação de esqui, não há como dizer com segurança os dias em que se inicia e termina a temporada de neve – depende das condições climáticas a cada ano. No geral, a temporada começa no final de junho e vai até o final de setembro/início de outubro.
No mês de setembro, mais precisamente a partir do dia 18, ocorrem várias comemorações na capital devido às festividades de independência do Chile, as chamadas Festas da Pátria. É um feriado em que muitas famílias também aproveitam para se reunir e viajar. Em Santiago as pessoas dançam a Cueca (dança típica) e há festas regadas a comidas e bebidas típicas. O dia 18 também é a data em que se inicia a temporada de rodeios no Chile.
Confira abaixo um gráfico com informações sobre chuva e temperatura mês a mês em Santiago no Chile. Fonte: Weather and Climate.
Como chegar a Santiago: O modo mais indicado para chegar ao Chile é de avião – rápido e confortável. Mas há também maneiras alternativas para os aventureiros.
Avião
O Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez, localizado a cerca de 15km do centro de Santiago, recebe voos de todos continentes e é a melhor opção para turistas brasileiros chegarem ao Chile. Sua localização é propícia para receber voos tanto da Oceania como da América do Sul e por isso é um hub na América Latina.
Saindo do Aeroporto Internacional de São Paulo, é possível utilizar os voos diretos para Santiago da LATAM, Gol e Avianca. Saindo do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, há voos diretos com a LATAM. A partir das demais cidades brasileiras, você pode chegar a Santiago fazendo voos com conexões ou alianças entre as companhias.
Saindo do Aeroporto de Santiago
Para sair do aeroporto e chegar ao seu hotel em Santiago é possível utilizar um transfer, táxi ou Uber, que também opera na capital. Outra alternativa mais econômica é utilizar os ônibus das empresas CentroPuerto e TurBus e que fazem trajetos entre o aeroporto e o centro da cidade – caso seu destino não seja o centro, basta complementar o trajeto com um meio de transporte adicional, como táxi, Uber ou metrô até seu destino final.
De carro
Os mais aventureiros, que curtem viajar de moto e carro, muitas vezes optam por viajar por conta própria para Santiago. O Chile faz fronteira com Peru e Argentina, e muitos desses viajantes escolhem sair do Brasil por Foz do Iguaçu e, depois de passar pela Argentina, partem para o Chile. Mendonza, cidade argentina, faz fronteira com o Chile e está há duas horas de Santiago. Tanto na parte argentina como na chilena do caminho você pode optar por passar por cidades incríveis, basta ter disposição para percorrer esses quilômetros de estrada.
De ônibus
Embora menos prático, também é possível chegar a Santiago de ônibus saindo do Brasil, principalmente de cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
Há tantas promoções de passagens pela América do Sul que muitas vezes trajetos demorados como esse saem mais caro do que os trechos aéreos. Uma viagem do sudeste do Brasil a Santiago demora mais de 50 horas, contra pouco mais de 4h em um avião.
Viagens de ônibus dentro do Chile
Viajar de ônibus dentro do Chile pode ser uma ótima opção. As estradas chilenas costumam ter boas condições e as empresas de ônibus prestam um bom serviço. Para viajar dentro do Chile, algumas opções de empresas que você poderá utilizar são a TurBus e Pullman.
Onde ficar em Santiago: Santiago tem acomodações para todos os bolsos e em diferentes localizações. Entre as áreas mais populares para hospedagem estão o centro da cidade, que além de bem localizado tem acomodações mais baratas, Providência, que é excelente para quem quer ter tudo por perto e Las Condes, uma área mais moderna da capital chilena.
Uma dica importante com relação a hospedagem em Santiago é que quando ela é paga em dólar, seja espécie ou cartão de crédito, elas não sofrem a incidência do ISS, um imposto local de 19%, que geralmente não está embutido no valor da reserva do hotel. Programe-se, então, para fazer o pagamento de seu hotel em dólar, evitar essa cobrança e garantir um pouco de economia!
Na região mais central de Santiago, onde ficam as atrações históricas da cidade, está o hotel Sommelier Express, boa opção para quem quer uma acomodação com bom custo-benefício e o CLH Suites, que tem quartos privados e compartilhados.
Pertinho do Centro, fica a região de Lastarria, atualmente conhecida como um ótimo lugar para hospedagem por causa da boa localização e da atmosfera animada, com vários restaurantes por perto. Nessa área fica o excelente hotel Cumbres Lastarria, que tem quartos modernos e o Luciano K, um hotel que fica em um edifício antigo, mas todo reformulado, com quartos aconchegantes e um dos primeiros elevadores da cidade – um charme!
Providência certamente é um dos locais que os turistas mais gostam de ficar, especialmente nos arredores das estações de metrô Pedro de Valdívia, Los Leones e Tobalaba. Essa área tem uma grande quantidade de lojas, cateferias, restaurantes, casas de câmbio e fica próxima também ao Shopping Costanera – com tudo pertinho do hotel é fácil entender porque esse é um dos melhores lugares na cidade para hospedar-se! Ficando em Providência você pode fazer muita coisa caminhando e tem fácil acesso ao metrô! No bairro estão o Ibis Santiago Providência, indicado para quem procura uma acomodação com preço acessível, e o ótimo Hotel Solace, que tem uma estrutura muito boa, é novo e bem localizado.
Em Las Condes, uma área mais moderna e nobre da cidade, você encontrará um pouco mais de tranquilidade e ruas mais calmas. Caso queira hospedar-se nessa região uma opção para quem quer ficar em um hotel refinado é o W Santiago, com uma mega-estrutura e uma ótima localização. Um pouco mais afastado fica o hotel Plaza el Bosque Nueva Las Condes, pertinho do Shopping Parque Arauco e com uma vista muito bonita para os Andes.
Independentemente do bairro ou do hotel que você escolha, procure ficar em uma acomodação que tenha fácil acesso ao metrô da cidade, porque dessa forma você poderá se deslocar com mais facilidade.
O que fazer em Santiago: Santiago tem muitos lugares a serem conhecidos e vistos. A cidade, sempre arborizada, encanta com seus atrativos históricos e naturais. Caminhar pelas suas ruas e andar de metrô é a certeza de poder desvendar quase todos os cantinhos de uma das cidades mais bonitas e organizadas da América do Sul.
Comece suas aventuras pelo centro, onde fica o lado histórico de Santiago. Você pode reservar um dia inteiro para caminhar por essa região: visite o Palácio de la Moneda, onde ocorre a troca de guarda, às 10h, em dias alternados. Caminhe pela Plaza de Armas, entre na Catedral Metropolitana de Santiago, passeie pelo Museu Histórico Nacional, Mercado Central e vá ao Museu de Arte Pré-Colombiana para conhecer sobre a história dos povos que habitavam a América antes da chegada dos europeus.
Em um dia bonito de sol, vá ao Sky Costanera, um dos mais novos pontos turísticos da cidade e que rapidamente ganhou o gosto de turistas e moradores locais. O edifício mais alto da América Latina tem 300 metros de altura e um visual simplesmente sensacional! Nos dias em que a visibilidade permite é possível admirar Santiago praticamente inteira e a Cordilheira dos Andes – é uma atração imperdível da cidade e ainda tem um tour guiado que permite conhecer melhor as atrações da cidade – é uma ótima pedida para os dias iniciais em Santiago.
Para relaxar das andanças pela cidade, suba ao Cerro Santa Lucía, um refúgio em meio ao dia-a-dia movimentado da capital. Outra opção imperdível é visitar o Parque Metropolitano de Santiago (chamado também de Cerro San Cristóbal), onde é possível subir de funicular (um tipo de veículo de ferro utilizado para subir grandes alturas) e apreciar uma das mais belas vistas da cidade, especialmente na hora do pôr do sol.
Para quem gosta de história, visitar o Museu da Memória e dos Direitos Humanos é uma boa dica. Embora trate de um tema forte e que emociona grande parte dos visitantes, o acervo do museu é muito interessante. Outra sugestão é La Chascona, uma das residências do escritor chileno Pablo Neruda.
Além dos passeios dentro de Santiago, reserve um tempo para conhecer seus arredores. As cidades de Viña del Mar e Valparaíso podem ser conhecidas em um bate-volta, e se for época de neve você pode aproveitar para passar o dia nas estações de esqui, como o Valle Nevado. Menos popular, mas sensacional, é a vista do Cajón del Maipo, que fica nas Cordilheiras e dá um gostinho do que as paisagens chilenas reservam aos seus visitantes.
Reserve ainda um dia para visitar ao menos uma vinícola. Undurraga e Concha y Toro são vinícolas que ficam perto da capital e bastante conhecidas. Se quiser uma opção menos popular, sugerimos a Viña Casas Del Bosque, que tem um ótimo restaurante.
À noite, o já comentado bairro boêmio deBellavista é a melhor opção. Não faltam restaurantes e bares para aquecer a noite da capital chilena; burburinho é por lá mesmo.
Onde comer em Santiago: A culinária chilena é muito saborosa e diversificada. O extenso litoral que o Chile possui permite que sua gastronomia seja rica em peixes e frutos do mar, mas não para por aí: os chilenos também são famosos pelas parrillas e usam muitos vegetais e ingredientes naturais como milho e abacate.
Quanto às bebidas, o país não fica para trás! O Chile é famoso por seus vinhos, mas o mais apreciado pelos locais é uma mistura com pisco que se faz com limão e xarope de açúcar, o pisco sour. Se você bebe, não pode sair do Chile sem experimentar seus vinhos ou o pisco sour! Se não toma álcool, aposte nos deliciosos sucos de framboesa ou cherimóia.
Uma boa dica para comer mais barato nos restaurantes na hora do almoço é pedir o menu del dia, semelhante ao nosso “prato executivo”, que inclui bebida, entrada, prato principal e sobremesa.
Quando quiser comer mas não tiver certeza do que pedir, vale fazer uma visita ao Patio Bellavista. A área tem diversos restaurantes, lojas e bares, e certamente há uma opção para agradar ao seu paladar. Próximo ao Patio Bellavista fica o restaurante Como Agua Para Chocolate, popular entre turistas brasileiros.
Para comer peixes, um local muito indicado é o restaurante Aquí está Coco, que tem um ambiente aconchegante e muito bonito. Nele você também pode experimentar a centolla, o caranguejo gigante que é um prato típico do país.
Dentro do parque Bicentenário fica o lindo Mestizo, que tem bons drinks e um cardápio variado – boa pedida para quem está em família ou com amigos. Outras duas sugestões em Las Condes são a Pizzaria Tiramisú, com pizzas deliciosas e muito bem servidas e o restaurante Kilómetro 0, que tem paredes cheias de garrafas de vinho – o ambiente é encantador para um jantar especial!
Para degustar vinhos, uma boa dica é o restaurante Bocanáriz, no bairro de Lastarria, ou o Le Bistrot, localizado em Providência. Se quiser comer em um típico bar-restaurante chileno, a dica é o Liguria, que tem um bom atendimento.
Para um almoço agradável, separe um dia para ir ao Castillo Florestal, um restaurante com visual fantástico, que fica na frente do Museu de Bellas Artes e serve comida francesa. Pela noite, vá ao Chipe Libre, em Lastarria, que tem degustação do pisco, drinks muito criativos e pratos variados.
Dica: Sempre que possível faça reserva nos restaurantes, principalmente para o jantar. Dessa forma é mais fácil garantir sua refeição sem esperar.
Patagônia: A Patagônia é um forte motivo para conhecer o sul do Chile. Suas atrações bem preservadas são inúmeras: vulcões, fiordes, glaciares, ilhas, lagos e, é claro, fauna e flora de respeito. O salmão é uma renda importante da região e não faltarão oportunidades para comê-lo nas suas mais variadas formas. Os que fazem o tipo aventureiro e conhecem a Patagônia se tornam fãs de carteirinha e prometem retornar na próxima oportunidade que tiverem.
Uma das cidades mais conhecidas dessa área é Puerto Varas, na belíssima Região dos Lagos chilena. Com um visual deslumbrante para o lago Llanquihue e o vulcão Osorno, não dá para sair da cidade sem tirar uma foto da vista belíssima ou caminhar no calçadão em torno do lago curtindo um friozinho. O vulcão tem neve durante todo o ano, mas o inverno é a melhor época para conhecê-lo e também para esquiar um pouco, aproveitando que aos seus pés está uma estação de esqui. Puerto Varas é uma cidade muito tranquila, ótima para quem quer descansar, passar lua de mel ou simplesmente fugir da correria do dia a dia.
Outra cidade muito bonita também no sul do país é Pucón, que embora seja um local pequeno é muito conhecido por suas belezas naturais. O maior símbolo local é o Vulcão Villarica, em que os turistas podem fazer uma ascenção até seu topo e que funciona como estação de neve no inverno. Nas proximidades da cidade ficam também as Termas Geométricas, termas naturais incríveis e a Reserva Biológica Huilo Huilo.
Cruzeiro pela Patagônia
Para conhecer partes menos exploradas da Patagônia, a Navimag oferece cruzeiros durante a temporada a bordo do Mare Australis. São quatro noites e cinco dias a bordo do navio, onde uma das atividades mais prazerosas é desfrutar das refeições, que se tornam verdadeiros acontecimentos. Depois da travessia no ferryboat até a Ilha de Chiloé parte-se de Castro, uma cidade cheia de casas de palafitas.
A primeira parada do cruzeiro é a Isla de Jéchica, onde, depois de uma caminhada e visita a um lago, o almoço típico é feito numa cabana em meio à mata, bem interessante.
A segunda – e mais esperada – parada é, certamente, a mais incrível de todas elas: o Glaciar San Rafael, com todo o seu esplendor, convida a um passeio nos botes infláveis. O frio é intenso, mas nada que suprima a beleza e a imensidão da natureza. O passeio dura cerca de uma hora e nele passamos entre icebergs de um azul intenso, seguramos pequenos pedaços de gelo desprendidos, observamos cachoeiras que saem da mata e caem no mar, entre outros pequenos prazeres. A grande esperança de quem deixa o navio e desce na Laguna de San Rafael, no entanto, é poder observar ao vivo um pedaço da parede do glaciar se soltando e fazendo um estrondo no encontro com o mar.
Na terceira parada a equipe do Mare Australis nos guia pela cidade de Chaitén, destruída pelas cinzas de um vulcão em 2008 e que atualmente vem tentando se reeguer. Casas abandonadas, tomadas pelas cinzas (que parecem areia) são grande parte da cidade atualmente. Apenas 900 pessoas, das 7.500 que antes viviam na cidade, continuam morando por lá na tentativa de ajudar a diminuir os estragos e reconstruir a história do lugar. A mata próxima da cidade está devastada, com árvores caídas e destruídas também pelo efeito do vulcão – uma tristeza só. Mas com alguns minutos pela estrada é possível conhecer árvores enormes, com dois mil anos de existência, exibindo todo o poder e a diversidade de uma natureza tão rica.
A verdade é que um cruzeiro pela Patagônia é completamente diferente do modelo de cruzeiro que se faz pela costa brasileira. Numa viagem por essa região, além de ser frio todo o tempo, o ritmo é de expedição – não há piscina para pegar uma corzinha no sol, cassino, nada disso. Um navio como o Mare Australis, por exemplo, é pequeno e as opções de entretenimento à noite são bem limitadas. O ideal é saber que essa viagem não é muito focada no gosto de jovens e que quem vai está lá em busca de tranquilidade. Boa parte dos passageiros têm seus 40 anos e desfrutam do trajeto fazendo os passeios programados, bebendo e comendo.